Neuroarquitetura: como utilizar em projetos de ambientes corporativos

A neuroarquitetura oferece várias tendências na hora de planejar com eficiência ambientes corporativos. Com ela, é possível combinar neurociência e design de interiores para otimizar os espaços de trabalho e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade de vida das pessoas e a produtividade da equipe.

Quer entender o que é esse conceito e como aplicá-lo de maneira a melhorar ainda mais seus projetos? Acompanhe neste artigo tudo o que você precisa saber para usar esse método nos seus próximos trabalhos de maneira produtiva.

O que é a neuroarquitetura?

A neuroarquitetura parte do pressuposto de que o meio é importante para determinar o desenvolvimento humano. Para essa linha de estudo, a organização dos espaços influencia o desenvolvimento cognitivo das pessoas e também suas percepções cerebrais. Elementos como cores, luminosidade, temperatura e acústica são, nesse contexto, essenciais para determinar um ambiente saudável e confortável.

A técnica propõe medidas específicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas a partir do estudo cerebral e da projeção adequada de espaços de convívio, trazendo grandes benefícios se aplicada em espaços como hospitais, escolas e o ambiente empresarial. 

Assim, a neuroarquitetura pensa a decoração de interiores a partir da ótica cerebral de forma a possibilitar o alcance de conforto, funcionalidade e produtividade nos espaços nos quais é aplicada. Nas empresas, principalmente, pode trazer inúmeros benefícios, como a elevação do nível de satisfação dos trabalhadores, redução do estresse e, consequentemente, aumento do lucro.

Quais são os principais benefícios dessa prática no ambiente corporativo?

Como já dito, as empresas se beneficiam muito da neuroarquitetura, já que ela pode promover maior integração e colaboração entre os funcionários, elevar a produtividade e garantir rotinas de trabalho mais saudáveis. Com ela, é possível criar espaços inteligentes, nos quais os colaboradores se sintam mais motivados.

Afinal de contas, um lugar adequado para a rotina de trabalho facilita a realização das funções e, consequentemente, traz conforto e bem-estar aos colaboradores. A medida também interfere na saúde, pois leva em consideração luz artificial e natural, ergonomia dos móveis e temperatura adequada ao ambiente de trabalho, bem como quaisquer outros elementos que possam melhorar o desempenho do time.

Além disso, espaços planejados podem integrar equipes e facilitar o processo de troca de informação, concentração e colaboração. Assim, com profissionais mais saudáveis e motivados, é possível aumentar a produtividade e o desempenho da empresa.

Como aplicar a neuroarquitetura nas empresas? 

Agora que você já sabe o que é neuroarquitetura e como ela pode ajudar, que tal aprender formas práticas de como aplicá-la? Veja as principais dicas a seguir.

Iluminação

Ter contato com a iluminação natural estimula o bem-estar dos colaboradores. A luz do sol interage com o funcionamento do corpo e influencia o relógio biológico. Assim, locais que não exploram essa possibilidade e investem exclusivamente na luz artificial tendem a ser menos saudáveis.

A iluminação inadequada afeta o rendimento e, inclusive, o humor. Por isso, investir na luz natural é sempre recomendado pela neuroarquitetura. Em casos nos quais isso não é possível, há como investir em equipamentos artificiais que simulam a mudança de temperatura de cor ao longo do dia, assim como faz o sol.

De maneira geral, a dica é apostar em claraboias e em janelas grandes. Além de tudo, a medida também ajuda na economia de energia em ambientes corporativos.

Folhagem 

Elementos verdes e naturais são positivos para o bem-estar mental das pessoas. Áreas de folhagem e jardins na empresa trazem uma espécie de respiro na composição e são um elemento simples, mas responsável por deixar o ambiente mais humanizado e aconchegante. Elas têm efeito calmante e, por isso, podem ajudar na concentração e na redução do estresse. 

Paralelamente, se bem aplicadas, melhoram a qualidade do ar e podem ajudar a perfumar o ambiente. Portanto, vale a pena investir na ideia para construir um clima harmonioso dentro da empresa.

Janelas com vista

Se possível, o ideal é investir em espaços que tenham janelas amplas e com vista definitiva agradável. Além da questão da iluminação, a medida ajuda a evitar problemas de saúde nos olhos, por exemplo. Médicos da área recomendam o descanso do olhar de tempos em tempos sempre quando há trabalho intenso diante de computadores e outras telas.

A recomendação é, a cada uma hora de uso, olhar para o exterior por, pelo menos, cinco minutos, seja a partir da janela ou de um pátio, de maneira a ter contato com paisagens mais distantes e com a luz do sol. 

Cores

A psicologia das cores ajuda a definir quais tonalidades estimulam determinado tipo de comportamento e, assim, quais são aquelas mais indicadas para cada contexto. Para escolher as mais adequadas segundo a neuroarquitetura, é preciso levar em consideração os objetivos da proposta e o segmento da empresa.

Entretanto, a dica principal é apostar em paletas neutras e deixar as cores fortes para os detalhes, de maneira a não causar a dispersão visual dos trabalhadores. Para um bom resultado, é preciso buscar o equilíbrio, de forma que o local fique harmonioso, mas não entediante.

Isolamento acústico

É necessário controlar o nível de ruído presente no ambiente de trabalho. Locais muito barulhentos dispersam e comprometem a qualidade de vida e de produção do colaborador. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o recomendável para escritórios é uma média entre 45 e 65 decibéis.

Como recurso, pode-se investir em salas projetadas para abafar o som, seja a partir da arquitetura ou de objetos da decoração. Entretanto, é preciso avaliar o ramo da empresa. Para ambientes que requerem concentração, o aconselhável é apostar em sons suaves que facilitem o raciocínio. Lojas com grande trânsito de pessoas e dedicadas ao consumo rápido se adaptam bem à adoção de músicas mais agitadas. 

Espaços interativos

Uma empresa que tem ambientes nos quais as pessoas possam relaxar e dialogar vê crescer o aumento da produtividade. O ser humano precisa de tempo para recuperar as energias entre um trabalho e outro, principalmente quando envolvido com tarefas que exigem originalidade e criatividade.

Por isso, criar na empresa espaços de interação ajuda a elevar o grau de engajamento com a marca, bem como o nível de satisfação geral com a instituição. A medida torna o local de trabalho mais prazeroso, aumenta as possibilidades de convivência e auxilia na consolidação da cultura de colaboração.

Uma forma de garantir que esses espaços sejam agradáveis é inserir elementos aconchegantes, como poltronas, sofás e pufes. Associado a isso, tapetes de qualidade podem ser ótimos aliados, já que têm grande apelo sensorial. Um bom produto oferece conforto, aconchego e acolhimento ao ambiente, além de trazer novas texturas, cores e desenhos ao design.

Como vimos, a neuroarquitetura apresenta propostas pontuais que ajudam a pensar o espaço de trabalho de maneira eficiente, de forma a avaliar o impacto dos ambientes na percepção e no comportamento dos colaboradores. Com medidas simples, é possível otimizar a produtividade da empresa, bem como aumentar a qualidade de vida das pessoas e melhorar a maneira como elas se relacionam com uma marca.

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